Que me permitam agora, para animar o discurso, uma comparação engraçada e até mesmo frívola: eu gostaria de contrapor Kant, naquela sua tendência de mistificar a si próprio, a um homem que, num baile de máscaras, tenta seduzir uma mulher durante a noite toda, na ilusão de conquistá-la, até que, finalmente, tal mulher se desmascara e se revela - como sua esposa.