Para esconder a falta de ideias reais, muitos preparam um aparato de palavras longas e compostas, fórmulas intrincadas, períodos infindáveis, expressões novas e enormes. Somando-se tudo, tem-se como resultado um jargão extremamente difícil e aparentemente erudito. No entanto, não conseguem transmitir nada com esse aparato. Deles recebe-se um pensamento, mas não se acrescenta nada ao próprio conhecimento; em vez disso, só resta suspirar: "Consigo ouvir o taramelar do moinho, mas não vejo a farinha"; em outras palavras, chegam a ser demasiado evidentes as ideias pobres, comuns, triviais e rudimentares que se escondem por trás de um discurso tão pomposo.